terça-feira, 22 de setembro de 2015

Busólogos que defendem transporte ruim deveriam ser proibidos de ter automóvel

Hoje é um dia para refletirmos sobre a mobilidade urbana:é o Dia Mundial Sem Carro. Sabemos que o automóvel é de fato, concordem ou não, o verdadeiro vilão do trânsito, por ser o grande responsável pelos engarrafamentos. A própria estrutura do automóvel justifica isso, pois é um desperdício de um grande espaço para um número menor de pessoas.

Mas infelizmente, o automóvel é ainda o maio mais utilizado nas grandes cidades. Culturalmente, representa uma forma de status e de conforto para quem utiliza. Logisticamente, é a oportunidade do condutor escolher o seu itinerário, pois é ainda m veiculo que em tese, pode rodar em qualquer rua de uma localidade.

Mas há uma vontade de priorizar o transporte coletivo, estimulando a redução do número de automóveis. Mas os projetos (na verdade UM PROJETO, único e padronizado, apenas adaptado para cada cidade) estão sendo feitos de forma errada, equivocada e estereotipada.

O BRT, que para a nossa equipe representa a extinção do ônibus, sendo um tipo de transporte a parte, virou uma espécie de "religião". Vendido como SOLUÇÃO ÚNICA para o transporte (como se fosse impossível haver outras), ele está sendo aplicado aleatoriamente em várias cidades e em muitas te se mostrado falho, pois ele não foi feito para todas as localidades.

Mas o BRT tem sido elogiado maciçamente por quem não o utiliza com frequência. Quem não o utiliza ou utiliza em poucas oportunidades tem gostado do sistema, porque ele corresponde a um estereótipo de conforto e rapidez, facilmente desmentidos por quem tem a infelicidade de utilizá-lo todos os dias, no deslocamento para o estressante cotidiano profissional.

Mas autoridades e entusiastas (leia-se busólogos), como quem consegue ver cabelo em casca de ovo, enxergam perfeição no BRT. De longe, o transporte parece bonito, imponente e tudo que é bonito aos olhos sempre parece perfeito em outros aspectos, o que a lógica prova quase nunca ser verdadeiro.

Acontece que os busólogos e as autoridades não passam pela desgraça de utilizar o sistema nos piores momentos. Ambos andam de carros e se beneficiam com algums características do BRT. 

As autoridades enxergam no BRT um excelente garoto propaganda de seus governos. Tanto é que eliminaram a identidade das empresas para colocar a identidades de suas gestões para que os ônibus fossem imediatamente associados às Secretarias de Transportes que os controlam.

Busólogos são apenas entusiastas, não usuários. Mesmo que alguns sejam usuários, não faz parte da busologia pensar como usuário. Busólogos são focados normalmente no chassis de ônibus, que é o que interessa a eles. Aspectos operacionais costumam ser desprezados pelos entusiastas.

Boa parte dos busológos possui automóvel. Quando vão a um terminal, ponto final ou exposição para fotografar ônibus, saem de casa em seus carros e estacionam na proximidade, se deslocando a pé aos ônibus para tirar fotos e conversar com pessoas a respeito. Encarrada a atividade, retornam aos seus confortáveis automóveis e voltar para suas casas.

Interessante que os busólogos que mais elogiam sistemas de transporte são os mesmos que possuem carros, o que prova que se eles acham bom, é justamente porque não usam.

Que tal então, obrigar estes busólogos a largarem seus carros e enfrentarem o "maravilhoso" transporte que eles elogiam? Nada mais coerente o fato de que eles possam usar o transporte que eles elogiam. Afinal, já que é bom, porque não usar? Já seriam alguns automóveis a menos nas ruas.

É uma reflexão que eu proponho para o dia de hoje. Lembrando que as cidades que aplicaram o BRT e sistemas licitados (encampados), houve um aumento drástico no numero de automóveis e redução no número de pessoas que usam ônibus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.