segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Operação Fone de Ouvido sinaliza má qualidade da música atual

Várias cidades brasileiras já aprovaram leis que proíbem som aberto no interior dos ônibus, obrigando aos passageiros a utilização de fones de ouvido para a audição de suas músicas e programas.

Isso denuncia a existência de músicas de qualidade duvidosa e outras de qualidade sofrível que infectaram a cultura do Brasil e do mundo. Se todos tivessem o hábito de ouvir músicas realmente boas ou que pelo menos não seja tão ruins assim (como as "canções de consumo" dos anos 70 e 80), ainda dava para ouvir em aberto. Se bem que cada um talvez preferisse ouvir a sua música, sem atrapalhar a audição do outro.

A medida começou com o "funk" carioca, considerada por especialistas o pior tipo de música do mundo, caracterizada por instrumentais repetitivos que mais parecem barulhos de indústrias e letras mal feitas que parecem ter saídas de mentes vazias e sem qualquer noção da realidade que os rodeia.

Mas com o fortalecimento popularesco e a glamourização da "canção de consumo" norte-americana, a medida teve que ser tomada para evitar problemas entre os passageiros.

As empresas devem fazer a sua parte, eliminando a "música ambiente"

Mas não adianta as "leis dos fones de ouvido" se ainda existem os ônibus com "musica ambiente" em que o motorista - geralmente vindo das classes menos escolarizadas - coloca o que bem entende para que seja ouvido pelos passageiros do veículo conduzido por ele.

É preciso que se proíba também a música ambiente nos veículos para que a tranquilidade de uma viagem que normalmente não é tão tranquila, não acabe em aborrecimento para quem está dentro do veículo.

Quem quer ouvir música, ouça no fone, ou ouça em casa. É até mais agradável.

sábado, 20 de julho de 2013

Consórcio Bombarda adquire novos ônibus

Boa aquisição. Só não sabemos para que cidade, pois a prefeitura responsável não colocou o nome da cidade no veículo. Adequados para tempos de mobilidade anti-democrática, decidida ao gosto dos prefeitos, assessores e secretários.


sexta-feira, 5 de julho de 2013

"Translitorânea" perde suas linhas

Estranhamente uma das empresas que operam carros de piso baixo no Rio, a Translitorânea, "reencarnação" da empresa Amigos Unidos, uma das reprovadas no sistema de ônibus antes da licitação, teve a sua permissão cassada pelo prefeito Eduardo Paes, logo ás vésperas da CPI dos ônibus. Pelo que parece é melhor agir antes que as investigações mostrem a sujeira embaixo do tapete.

A cassação se deu pela insufiência de carros operados pela empresa, que perdeu as linhas 521 (São Conrado-Botafogo, via Copacabana), 522 (São Conrado-Botafogo, via Jóquei), 546 (Rocinha-Leblon), 591 (Leme- São Conrado, via Copacabana e Rocinha), 592 (São Conrado Leme-Rocinha) e 593 (Leme-São Conrado, via Rocinha). 

Embora a escassez de veículos fosse o motivo da cassação, a empresa era praticante de vários tipos de irregularidades, sobretudo a má conservação dos veículos, sucateados, apesar de relativamente novos.

Resta saber se as que operam na Zona Oeste, todas deficitárias e do mesmo dono da cassada - que operava até então na Zona Sul do RJ, mais privilegiada - também perderão as suas linhas.

As linhas que a "Translitorânea" perdeu foram repartidas em forma de pool entre a "Real" e a "Graça", esta última, uma "reencarnação" da Saens Peña, que mudou de dono e de nome, sem que a população (proibida pela prefeitura de identificar claramente as empresas) percebesse.

Ela ainda continua operando as outras linhas que possui, várias para a Barra e Recreio.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Busólogos não focam qualidade do serviço

Um comentário visto no Facebook de um busólogo de outro estado me fez pensar e me inspirou a escrever esta postagem. Ele, ao comentar uma novidade disse que "o que importa é que o ônibus é bonito e pronto. O resto é detalhe." Não me lembro da frase exata e nem de que novidade ele estava comentando, mas a mensagem era essa mesmo. Vou poupar a identidade do busólogo em respeito ao mesmo.

Alguns outros busólogos estranharam o comentário, mas a maioria entendeu. E não deveria ser estranho, já que na busologia, o que interessa é o veículo em si, não a sua operação. Claro que existem alguns busólogos que se interessam pela parte operacional, mas isso não é atributo da busologia.

Claro que muitos busólogos, para angariarem simpatia, vão dizer que se preocupam sim com a qualidade dos serviços de operação. Mas vão se limitar a soluções prontas e estereotipadas como o BRT ou citar opiniões superficiais a respeito. Mas aprofundar mesmo sobre a operação dos ônibus, somente poucos.

Para a maioria dos busólogos, ônibus só serve mesmo para ser admirado. Muitos nem andam de ônibus, se limitando a tratar este topo de transporte como objeto de admiração, indo aos encontros de automóvel, o que eles fazem normalmente em seu cotidiano.

Por isso não é estranho que, por exemplo, a maioria não se incomode mais com a padronização visual, nome dado a colocação de uniforme nos ônibus, transformando os mesmos em "carros oficiais" de suas prefeituras, algo que vai contra a lei de licitações e antagoniza o atributo de concessão garantido pelas leis municipais, transformando os sistemas em uma encampação enrustida. Isso tem estimulado os empresários a cometer irregularidades, pois a uniformização favorece a ocultação da identidade. 

Para os busólogos, o que interessa é ônibus bonito e possante. Se o uniforme da prefeitura agrada, mantém-se o uniforme. Se o carro é articulado, motor traseiro, refrigerado, piso baixo e outras configurações avançadas, ele pode bater, pode pifar e travar no engarrafamento que está ótimo. Pode até fazer parte de empresas mal administradas (caso do ultra-pomposo e idolatrado BRT do RJ), que ninguém se importa. O que importa é ver ônibus bonito e de configuração avançada. O resto é "detalhe", como o outro diz.

Enfim, para a melhoria da operação e da qualidade de serviços, com a palavra, os usuários. Esses sim sabem melhor para que realmente serve um ônibus, não importando se ele é bonito ou possante.

sábado, 23 de março de 2013

Lixeiral Rio: padrão Trans1000 de qualidade

Hoje eu vi na Tijuca vários carros novinhos da "Litoral Rio", marca Volvo, completamente sucateados. O incrível é que a "Litoral Rio" sempre foi uma das melhores empresas da cidade, com manutenção impecável e constante da frota.

Os carros vistos foram 20202, 20050, 20226, com arranhões, amassados, ruído de peças soltas e até um carro com parte do parachoque arrancado. Além disso, os carros davam a clara impressão que o sucateamento não se resumia a isso, estando todo o ônibus muito mal conservado. Isso após pouquíssimo tempo de aquisição. Uma vergonha!

Mas com essa uniformização que transformou as empresas em empregados da prefeitura, numa anti-democrática encampação que ainda ninguém teve a coragem de assumir, as empresas resolveram economizar na manutenção, já que não tem mais marca a zelar (e a frota "pertencendo" à prefeitura - que deveria cuidar dela, ora pois!), resultando nesse quebra-quebra caracterizado por uma frota cada vez mais sucateada.

Acho melhor mudar o nome para Lixeiral Rio. Aliás, não muda nada, não. Com pintura uniformizada e nome quase apagado, não dá para identificar a empresa mesmo. Só dá para ler o nome da prefeitura: ela que responda por esse sucateamento.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Cadê os Viales BRS da Intersul?

Passou bastante tempo após a aquisição dos belos Viales BRS do consórcio Intersul do Rio de Janeiro e até agora eles não foram colocados para rodar. Seriam os carros de piso baixo mais bonitos do município, já que o modelo é mais bonito do que os outros que já rodam.

Não se sabe o que aconteceu com os ônibus, que foram expostos na Fetransrio, chegando a serem utilizados na pequena excursão que mostrou o funcionamento do BRT para os visitantes do citado evento.

Há quem diga que voltaram para a Marcopolo. Embora na Fetransrio, os carros aparecessem adesivados com o nome da empresa Voith, especialista em vários ramos da tecnologia.

Quem puder esclarecer o paradeiro dos veículos, escreva abaixo das fotos dos mesmos no Ônibus Brasil. Agradecemos adiantado.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Busólogos não focam qualidade operacional do transporte. Eles querem é o veículo

Busologia é um hobby. Hobby é como uma brincadeira, criada para divertir as pessoas. Ás vezes até informa, o que no caso da busologia se confirma bastante. Mas não pensem que os busólogos fazem questão que o transporte coletivo tenha boa qualidade de serviço.

Antes de explicar isso, aproveito para esclarecer que utilizo aqui a palavra "busólogo" por convenção. É o termo mais usado pelos mesmos, embora exista "busófilo". Busofilia seria o verdadeiro nome do hobby e Busologia seria uma "busofilia" mais técnica, focada no funcionamento do veículo e sua historiografia. Busófilo é o admirador de ônibus enquanto busólogo seria o estudioso em ônibus. Mas como se convencionou a usar "busólogo" nos dois sentidos, vamos utilizar o termo.

Para os busólogos, a parte operacional não é focalizada. para eles o que interessa é o veículo em si e suas características. Se ele irá servir bem suas linhas ou não é outro foco, verificado mais pelos usuários. Para os busólogo, ônibus é mais um objeto de admiração e muitos nem utilizam o transporte, chegando a ir de carro nos lugares onde vão fotografar os ônibus.

Não que não haja busólogos preocupados com o bom serviço dos sistemas de ônibus. Há, sim. Mas não é o foco da busologia. A preocupação com a parte operacional dos ônibus é na verdade um aspecto a parte, que não é inerente ao hobby.

Embora, para parecer bem às outras pessoas, muitos busólogos, quase todos, se assumam preocupados com a qualidade operacional, o que é desmentido nos comentários de muitos, que demonstram não entender o funcionamento operacional dos serviços de ônibus.

Espero ter esclarecido esse fato. Busólogo não tem a obrigação de querer qualidade de transporte. O cidadão usuário de ônibus é que deve exigir transporte melhor.

Busologia é um mero hobby. Para o busólogo, se o ônibus consegue ligar o motor e sair do seu lugar,  já é o básico. O resto é complemento.