domingo, 30 de setembro de 2012

Qual é a empresa?

Desafio os busólogos a favor de uniformização de frota a descobrirem de que empresas são essas fotos. Eles não vivem dizendo que é tão "vantajoso" uniformizar frotas? Então, vamos lá, identifiquem só de olhar!  Quero ver se os magos da busologia são capazes de identificar assim, a olho nu, sem observar detalhes.



domingo, 23 de setembro de 2012

Ator faz belo texto contra a padronização de ônibus

Nosso comentário - Enquanto na busologia a padronização visual adotada na frota municipal do Rio de Janeiro vem ganhando mais adeptos, fora dela aumentam cada vez mais pessoas indignadas com essa medida tomada pelo prefeito Eduardo Paes e pelo seu secretário Alexandre Sansão de maneira arbitrária, sem plebiscitos, enquetes ou consultas de qualquer tipo.

Este texto pego no jornal O Globo, escrito por um ator de teatro, mostra a sua indignação numa linguagem quase poética, digno de alguém com sensibilidade.

Ordem sem tristeza

ROGÉRIO CORREA - Extraído de O Globo por Michel Levy e postado no Orkut

Quem não tem na memória as cores dos ônibus que fizeram e fazem parte da sua vida? Quem, como eu, nasceu e foi criado na Zona Norte, deve ter tomado muito o 438, que desde que me lembro, sempre foi laranja, e o 606 (vulgo “doriana”), que há décadas ilumina as ruas com um verde claro chamativo.

Sempre tivemos, na Cidade do Rio de Janeiro, cores tradicionais de linhas específicas, cores geralmente alegres, como o espírito do carioca.

Não é só uma questão de tradição e estética. É uma questão de praticabilidade. Pode-se identificar um ônibus a se aproximar do ponto a uma grande distância. Ou melhor, podia-se. Agora, pouco a pouco, os nossos ônibus estão ficando todos iguais, igualmente feios.

Sem discutir aqui os méritos do Choque de Ordem da Prefeitura da nossa cidade, creio que todos concordamos que um pouco mais de ordem seria bem vinda ao caos quotidiano do Rio de Janeiro. Porém, dentro desta perspectiva, devemos lembrar que o Rio tem uma saudável tradição de ser uma cidade colorida e alto astral.

Qualquer ordem proposta pelo governo (municipal, estadual ou federal) para a Cidade Maravilhosa deveria ter em mente esta tradição multicor. Não queremos ver o Rio transformado em Berlim ou em Londres, pelo menos não no aspecto estético.

No passado recente, o colorido das nossas praias cariocas já foi prejudicado pela interferência do governo nos guarda-sóis de aluguel, que foram todos uniformizados na cor vermelha. As praias da cidade hoje em dia lembram Brasília no dia da primeira posse do Presidente Lula: um mar vermelho que não Moisés que parta. Foi-se o colorido da praia. Porque não uniformizaram os guarda-sóis em 3 ou 4 cores diversas?

Mas pelo menos o vermelho escolhido para eles foi uma cor viva como o espírito do carioca. O mesmo não se pode dizer da presente uniformização dos ônibus urbanos. Estes estão pouco a pouco sendo pintados, todos iguais, com cores tristes e desmaiadas, com uma predominância infeliz do cinza.

Nem o vermelho dos double deckers de Londres* nos foi oferecido. Cinza! E ao cinza se adicionam detalhes em cores pastéis esmaecidas, cores de alface murcho. Quem planejou isso? Quem escolheu esta triste estética acinzentada? Um paulista? Um europeu? Um daltônico? Um fascista?

Se esta tendência for mantida, logo, logo os times de futebol e as escolas de samba serão também obrigados a se colorirem de cinza.

Esta padronização é um ataque à herança cultural da nossa cidade e deve ser imediatamente estancada e revertida. Por que se gastar tanto dinheiro para diminuir o colorido e a beleza da cidade? Que importemos o que o primeiro mundo tem de bom, como a ordem, mas sem perder o que a alegria e o colorido cariocas. Estes são nossos, uma parte importante do nosso patrimônio cultural. Não acinzente a nossa cidade, Sr. Prefeito!

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* NOTA: Nem o sistema de Londres é padronizado. Eu pesquisei (e postei aqui) e soube que os famosos vermelhinhos são apenas os ônibus que servem o centro da cidade. É uma padronização de serviço. Fora do centro, nota-se uma surpreendente variedade de pinturas e modelos de ônibus na capital inglesa, de fazer envergonhar o prefeito carioca que teve a asneira de dizer que a padronização visual é uma "tendência mundial". Falta de informação dá nisso.

A diversidade de pinturas era um dos símbolos da Cidade Maravilhosa. O que ele fez com os ônibus foi comparável a colocar saia no Cristo Redentor e acabar com a ondulação do Pão de Açúcar. Lamentável e vergonhoso.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Operando no vermelho

Porque será que muitos sistemas de padronização visual gostam de colocar a cor vermelha nos uniformes que as prefeituras impõem aos ônibus? Falam que é para homenagear os ônibus de Londres. Bobagem! Na verdade, é para alertar sobre o verdadeiro fracasso desse sistema, operando literalmente no vermelho. 

Não por acaso as áreas atendidas pelas cores vermelhas são as piores e sofrem pelo pior serviço. Coincidência??? Nãããooooo...











quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Quem administra o Ônibus Brasil?


Sempre achei que, para exigir algo de alguém, o requerente só deve exigir o que é capaz de fazer. Se não é capaz, não tem a moral para exigir a mesma coisa que não consegue fazer.

O maior site de ônibus do Brasil, por isso mesmo chamado de Ônibus Brasil,é cheio de regras e pune de maneira truculenta, a "queima-roupa" e sem conversa, qualquer descumprimento de alguma regra. 

Só que visitando o site, não há qualquer identificação de seus administradores e moderadores. Como pode um site tão exigente e cheio de regras omitir a identidade de quem o administra?

Isso vem gerando inúmeros boatos de que alguns busólogos sejam os moderadores, piorando as já crescentes brigas dentro do hobby.

Sugiro para que o Ônibus Brasil coloque em seu site uma seção de créditos, com os nomes de todos os administradores e moderadores, para que todos saibam quem decide por essas regras.

Quem não deve não teme e por isso mesmo não vejo motivo para os responsáveis pelo Ônibus Brasil viverem escondidos.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

1001 recorre a código de 7 algarismos para compensar inchaço

Uma foto postada no Onibus Brasil intrigou os busólogos do estado: a nova aquisição da 1001, com mais carros "cabritos" da Marcopolo G7 mostraram o código do Detro, que de regra tem 6 algarismos, aparecendo com 7 algarismos. Precisava isso?

A 1001 inclusive, tem um trunfo dentro da manga chamado Macaense, que poderia ser usado para diminuir o inchaço da empresa-mãe, recebendo as linhas da Região dos Lagos. Mas, pelo jeito, a 1001 comprou a Macaense, empresa tradicionalíssima, para acabar com ela. Melhor nem ter comprado.

Não se sabe se o Detro irá permitir isso. Talvez sim, já que o mesmo departamento vem permitindo uma série de absurdos que fica até difícil de entender.


sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Niterói tem agora novo consórcio: Largo da Batalha

Com a intenção de melhorar a mobilidade urbana, houve a necessidade da criação de uma novo consórcio para os ônibus de Niterói. O novo consórcio passa a se chamar Largo da Batalha, mas usará linhas que circulam nas áreas dos outros dois consórcios, Transnit e Transoceânico.

Os carros já foram adquiridos e o modelo escolhido para estes veículos é o novo CAIO Millenium BRT, que ficaram lindos com a pintura malhada verde-marrom. São refrigerados e possuem acesso para cadeirantes. Se der certo, é bem possível que os outros dois consórcios sejam absorvidos pelo Largo da Batalha e a cidade circule com apenas um consórcio.

As fotos abaixo mostram os confortáveis e democráticos veículos adquiridos para a frota do novo consórcio. Autoridades e busólogos já aprovaram. Será que a população vai aprovar?




quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Homenagem aos busólogos pró-padronização que adoram uma cervejinha

Muitos busólogos a favor de padronização adoram uma cervejinha, a bebida obrigatória das regras sociais no Brasil. É uma bebida ritual que serve para todos se auto-afirmarem como adultos (além de chegar a velhice com cirrose e uns neurônios a menos no cérebro). Quase todos tomam, exceto os religiosos (para estes a "embriaguez" é de outro tipo).

Mas deixemos o lado ruim dessa bebida e lembremos do prazer em comprar várias latas no supermercado. Que tal impor também a "saudável" e "organizada" padronização visual também para as embalagens de cerveja? Vejam como seria divertido ter dificuldade de identificar a marca de cerveja favorita se todas tivessem uma só embalagem, com o nome da marca bastante reduzido. Um bom joguinho para passar o tempo no supermercado, enquanto não chega a hora de levá-la ao estômago. Enjoy yourself!


O pesadelo está chegando

Em algumas redes sociais o assunto já começa a aparecer. Autoridades já demonstram interesse em adotar. Usuários e busólogos conscientes que fiquem mais atentos. A padronização da frota metropolitana do Rio vai ser uma realidade.

O pior é que a quantidade de empresas e de municípios envolvidos é muito grande e a confusão vai ser assustadora. Mais de 100 empresas sem poder ser identificadas pelo usuário comum. Se as 45 do Rio e as 9 de Niterói já confundem o passageiro, imagine mais de 100 empresas para localidades bem distantes umas das outras. Localidades nem sempre seguras, pois bandidos tem o hábito de matar desconhecidos que chegam por engano em seus territórios.

O Rio de Janeiro é o único estado do Sudeste onde a frota metropolitana (que liga a a capital às cidades vizinhas) não é padronizada. Estados de outras regiões como Goiânia, Ceará, Bahia, Porto Alegre e a superestimada Curitiba já rodam com frota metropolitana uniformizada.

Vai ser um festival de transtorno que pode piorar o modo de se pegar ônibus. A medida de uniformizara frota, que não tem vantagem nenhuma, só serve para fazer propaganda de prefeitura e agradar os busólogos que puxam saco de autoridades (estes busólogos e as autoridades - leia-se políticos e empresários - obviamente não andam de ônibus, pois se andassem, não defenderiam a uniformização). Defender a padronização deve estar rendendo muito dinheiro para estes puxa-sacos.

Ainda não se sabe quando será implantada a medida. A licitação do Detro - órgão que controla as linhas metropolitanas - já está a a caminho. Há a intenção de que antes das olimpíadas, metade da frota já esteja devidamente uniformizada.

Como a corda sempre arrebenta para o lado do mais fraco, quem vai sair perdendo é a população, sempre ignorada pelas autoridades depois que acabam as eleições.

domingo, 2 de setembro de 2012

Entendendo as polêmicas entre os busólogos

Nota-se na busologia, sobretudo a carioca, um aumento na quantidade de brigas e confusões, muitas delas gerando inimizades e muita trolagem ofensiva e até danosa. Muita gente não entende como é que tantas brigas podem surgir de um hobby.

Analisei a questão, já que essas polêmicas ocorrem há muito tempo. Não tenho uma explicação definitiva, mas tenho uma hipótese bem provável. É uma boa justificativa, observada nas características de boa parte das polêmicas envolvendo busólogos.

O principal motivo para estas discussões está em relação ao serviços dos ônibus. Como sabemos, busólogos, na verdade, são admiradores e "estudiosos" (prefiro colocar aspas para destacar a relatividade deste significado) em ônibus. Para eles o que interessa são os veículos e seu funcionamento. 

Ou seja, o foco é direcionado para o veículo em si - principalmente em relação ao chassis - do que o sistema de linhas e a atuação destes veículos nelas. Um exemplo: um busólogo qualquer observa um ônibus e elogia o carro de acordo com a potência do motor, a resistência do chassis, o aspecto estético da distribuição de rodas, o encaixe da carroceria, ou aspectos puramente estéticos, etc. Se a linha por onde ele vai rodar é bem servida ou não, isso foge de seu interesse. Até porque muitos busólogos possuem automóvel, usando os ônibus apenas como objeto de admiração.

Muitas brigas ocorrem de acordo com os serviços, já que alguns busólogos passam também a focar os serviços, contrariando a maioria que, leiga neste aspecto, passa a defender incoerências a respeito de como as linhas devem ou não ser servidas.

Curiosos que as polêmicas quase sempre giram em torno de ônibus urbanos, já que há maior consenso entre os busólogos em relação aos serviços rodoviários.

Torcemos para que um consenso surja e que os busólogos que teimam em defender incoerências, usem melhor o discernimento e aprendam a ouvir as opiniões alheias, deixando de utilizar a busologia para fortalecer a vaidade pessoal, entendendo que quem entende melhor de ônibus, é o passageiro, que sofre todos os dias para pegar o seu transporte, conhecendo melhor que características devem ter os vepiculos que o servem, para garantir rapidez e conforto para o seu deslocamento.