segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Busólogos ligados à política não defendem qualidade do transporte

Pelo que parece, atualmente , todo mundo perdeu a noção do que significa "transporte de qualidade". Com o modismo dos BRTs, ônibus com ar condicionado, pinturas padronizadas, números confusos de linhas e um monte de pataquadas, todos querem dar seu pitaco sobre planos de "melhorias" no transporte, quase sempre propondo soluções faraônicas, muitas nada lógicas.

Mas isso parece se agravar quando vem de busólogos ligados a governos, prefeituras, etc. Não vamos dar nomes, pois cada um faz da sua vida o que quiser. Porém, vários defenderam com argumentos sem sentido os seus interesses, muitas vezes em choque com os interesses da população.

Empresas ruins, obras que expulsam moradores para dar lugar a BRTs, outras obras que estragam o meio ambiente, a troca irresponsável de ônibus leves (ideais para cidades grandes) por veículos pesados e de difícil manobra e cara manutenção.

Claro que esses busólogos estão defendendo o seu ganha pão. Eles não assumem, mas ganham, dinheiro para defender a má qualidade do transporte. Não cabe a mim detalhar como isso acontece, mas pela euforia raivosa com que defendem seus pontos de vista, o que leva a crer é que eles lucram - e muito com isso. Direito deles.

Eles que façam o que quiserem. Cabe a população não dar ouvidos a esses pelegos, que mereciam ser esnobados por outros busólogos, pelo interesse oculto de lucrar com o prejuízo da população.

Sei que não é função do busólogo se preocupar com qualidade de serviço (isso não faz parte da busologia, que se preocupa mais com o funcionamento e as características técnicas dos veículos em si,) mas é ser louvável o fato de busólogos quererem transporte melhor, ficando do lado da população que sofre todo o dia para se deslocar do trabalho, dos estudos e do comércio, para as suas casas.