domingo, 31 de agosto de 2014

Busólogos não focam qualidade operacional do transporte. Eles querem é o veículo

Busologia é um hobby. Hobby é como uma brincadeira, criada para divertir as pessoas. Ás vezes até informa, o que no caso da busologia se confirma bastante. Mas não pensem que os busólogos fazem questão que o transporte coletivo tenha boa qualidade de serviço.

Antes de explicar isso, aproveito para esclarecer que utilizo aqui a palavra "busólogo" por convenção. É o termo mais usado pelos mesmos, embora exista "busófilo". Busofilia seria o verdadeiro nome do hobby e Busologia seria uma "busofilia" mais técnica, focada no funcionamento do veículo e sua historiografia. Busófilo é o admirador de ônibus enquanto busólogo seria o estudioso em ônibus. Mas como se convencionou a usar "busólogo" nos dois sentidos, vamos utilizar o termo.

Para os busólogos, a parte operacional não é focalizada. para eles o que interessa é o veículo em si e suas características. Se ele irá servir bem suas linhas ou não é outro foco, verificado mais pelos usuários. Para os busólogo, ônibus é mais um objeto de admiração e muitos nem utilizam o transporte, chegando a ir de carro nos lugares onde vão fotografar os ônibus.

Não que não haja busólogos preocupados com o bom serviço dos sistemas de ônibus. Há, sim. Mas não é o foco da busologia. A preocupação com a parte operacional dos ônibus é na verdade um aspecto a parte, que não é inerente ao hobby.

Embora, para parecer bem às outras pessoas, muitos busólogos, quase todos, se assumam preocupados com a qualidade operacional, o que é desmentido nos comentários de muitos, que demonstram não entender o funcionamento operacional dos serviços de ônibus.

Espero ter esclarecido esse fato. Busólogo não tem a obrigação de querer qualidade de transporte. O cidadão usuário de ônibus é que deve exigir transporte melhor.

Busologia é um mero hobby. Para o busólogo, se o ônibus consegue ligar o motor e sair do seu lugar,  já é o básico. O resto é complemento.

sábado, 30 de agosto de 2014

Busólogos não focam qualidade do serviço

Um comentário visto no Facebook de um busólogo de outro estado me fez pensar e me inspirou a escrever esta postagem. Ele, ao comentar uma novidade disse que "o que importa é que o ônibus é bonito e pronto. O resto é detalhe." Não me lembro da frase exata e nem de que novidade ele estava comentando, mas a mensagem era essa mesmo. Vou poupar a identidade do busólogo em respeito ao mesmo.

Alguns outros busólogos estranharam o comentário, mas a maioria entendeu. E não deveria ser estranho, já que na busologia, o que interessa é o veículo em si, não a sua operação. Claro que existem alguns busólogos que se interessam pela parte operacional, mas isso não é atributo da busologia.

Claro que muitos busólogos, para angariarem simpatia, vão dizer que se preocupam sim com a qualidade dos serviços de operação. Mas vão se limitar a soluções prontas e estereotipadas como o BRT ou citar opiniões superficiais a respeito. Mas aprofundar mesmo sobre a operação dos ônibus, somente poucos.

Para a maioria dos busólogos, ônibus só serve mesmo para ser admirado. Muitos nem andam de ônibus, se limitando a tratar este topo de transporte como objeto de admiração, indo aos encontros de automóvel, o que eles fazem normalmente em seu cotidiano.

Por isso não é estranho que, por exemplo, a maioria não se incomode mais com a padronização visual, nome dado a colocação de uniforme nos ônibus, transformando os mesmos em "carros oficiais" de suas prefeituras, algo que vai contra a lei de licitações e antagoniza o atributo de concessão garantido pelas leis municipais, transformando os sistemas em uma encampação enrustida. Isso tem estimulado os empresários a cometer irregularidades, pois a uniformização favorece a ocultação da identidade. 

Para os busólogos, o que interessa é ônibus bonito e possante. Se o uniforme da prefeitura agrada, mantém-se o uniforme. Se o carro é articulado, motor traseiro, refrigerado, piso baixo e outras configurações avançadas, ele pode bater, pode pifar e travar no engarrafamento que está ótimo. Pode até fazer parte de empresas mal administradas (caso do ultra-pomposo e idolatrado BRT do RJ), que ninguém se importa. O que importa é ver ônibus bonito e de configuração avançada. O resto é "detalhe", como o outro diz.

Enfim, para a melhoria da operação e da qualidade de serviços, com a palavra, os usuários. Esses sim sabem melhor para que realmente serve um ônibus, não importando se ele é bonito ou possante.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Porque busólogos reagem com revolta quando a pintura padronizada é criticada?

Uma coisa estranha acontece nos fóruns de ônibus. Toda vez que alguém faz uma menção negativa, mesmo leve, à moda de colocar uniformes da prefeitura nos ônibus, conhecida como "Pintura Padronizada", os busólogos se revoltam, recorrendo ao bordão "pare de falar besteira" ou sinônimos disso. 

E nota-se que são vários busólogos a repetirem o mesmo refrão, num sinal de falta de criatividade  (ou seria um busólogo assinando com vários nomes e se identificando com várias fotos - deveria ser o contrário, não é?: vários busólogos e uma só identidade). Mas porque reagem desta forma?

Poderiam ignorar as críticas ou reagir de forma mais civilizada. Mas como gostaram desta forma de que cada cidade uniformiza os ônibus da sua maneira, acreditando ser isso um progresso (muitos deles, desinteressados na parte operacional dos sistemas de transporte, se mostram indispostos a se aprofundar em questões que estão longe de seus interesses maiores, no caso chassis e carrocerias), quando na verdade, além de ser um retrocesso, não possui nenhuma vantagem, a não ser fazer propaganda das prefeituras, inventando para a população que os ônibus pertencem à prefeitura.

Será que justamente por saberem que a pintura padronizada, apesar de agradável aos olhos dele, não ter nenhuma vantagem técnica e prática, os faz agir com tanta agressividade? Se a aplicação da pintura padronizada fosse justificável, certamente seus defensores agiriam com maia racionalidade e calma. Usam a agressividade e termos ofensivos para defender a padronização porque sabem que não há argumento lógico para defendê-la. Típico de quem defende algo que é supérfluo e/ou nocivo.

Mas porque será que defendem com unhas e dentes esta padronização? Será que eles estão ganhando vantagens com a pintura padronizada? Será que eles pensam que a pintura padronizada é a condição sine qua non para a adoção de veículos com configurações avançadas (ar condicionado, motor traseiro, piso baixo, articulados, etc.)? Se usassem melhor o cérebro iriam perceber que não. Ou "tem gato na tuba" e estão acontecendo coisas que só eles podem saber?

Como eu falei aqui, a pintura padronizada nada tem de vantajoso. A defesa apaixonada pela colocação de uniforme em ônibus, tirando a identidade de empresas (curioso que os busólogos fazem questão de manter a identidade deles) e impondo uma monotonia que vai contra a vocação brasileira à diversidade.

Ou vocês busólogos gostariam que a prefeitura lhes obrigasse a usar uniformes escolhidos por prefeitos toda vez que tiverem que sair de casa? Imaginem isso, se vocês se consideram inteligentes.

domingo, 24 de agosto de 2014

Pela coerência, busólogos pró-padronização visual nunca deveriam publicar seus nomes nos créditos de fotos

Os busólogos em geral ficaram a favor da colocação de uniformes em frotas de ônibus, conhecida como "padronização visual". Essa medida que impede a identificação fácil e rápida das empresas pelos passageiros, só consegue agradar a busólogos e autoridades, que tem meios e macetes de identificar as empresas, além de não precisarem usar ônibus o tempo todo, evitando enfrentar os problemas causados por essa mania imposta pelas prefeituras.

Mas se baseando naquela máxima que diz "pimenta nos olhos dos outros é refresco", os mesmos busólogos que não fazem mais questão que as empresas possam ser identificadas, fazem questão que seus nomes sejam escritos nas fotos quando reproduzidas fora de seus perfis no Ônibus Brasil. Isso soa a hipocrisia, às vezes pelo mal caratismo e sempre por ignorância.

Se os busólogos idólatras de uniformes de prefeitura quiserem ser coerentes, nunca usariam seus nomes nas fotos, preferindo colocar a expressão "Busólogo de Cidade de Tal" nos créditos, se limitando a informar a cidade onde mora. É mais honesto e coerente com a postura assumida de não permitir a identidade das empresas.

Como a incoerência virou moda no Brasil, em vários setores da humanidade, os busólogos não quiseram ficar de fora da moda e criaram também a sua forma de ser incoerentes. Como a incoerência é um erro e perpetua problemas, preparemos para que nosso país nunca se desenvolva por um longo período de muitas décadas.