Ontem aconteceu um acidente terrível no Terminal João Goulart, resultando em morte. Meu pai presenciou o fato e me disse antes de eu verificar as notícias. O acidente causou um engarrafamento mostro, obrigando os ônibus municipais a saírem pela parte onde passam os ônibus para São Gonçalo, em direção à Avenida Feliciano Sodré.
O acidente ocorreu porque a vítima, uma senhora de meia idade, estava, como muitas pessoas todos os dias atravessando pela parte proibida a pedestres e não percebeu o ônibus, um dos novos de piso baixo da TransNit, estava chegando. A senhora morreu na hora, esmagada pelo ônibus de chassis rebaixado.
Todos os dias pedestres passam pela parte proibida, ao invés de circular pela parte interna do terminal. O objetivo é ganhar tempo. E cadê os seguranças para proibir o acesso de pessoas a esses lugares?
Os seguranças do terminal são altamente eficientes na hora de proibir busólogos de tirarem inocentes fotos, que não atrapalham em nada no funcionamento do terminal. A lógica mostra que ônibus parados são mais fáceis de fotografar. E estas fotos são para admiradores de ônibus colocarem em suas coleções. Não para "denunciar" supostos defeitos do terminal, verdadeiro temor dos administradores do mesmo.
E porque esses seguranças, ao invés de se preocuparem com algo que não trará nenhum prejuízo ao terminal e aos usuários, não se mobilizam para proibir o trânsito de pedestres nas partes onde os ônibus circulam? Isso sim prejudica o funcionamento adequado a um terminal que já é normalmente caótico, além de oferecer risco de morte aos usuários que teimam em andar no meio dos veículos.
Vamos coibir o que realmente é nocivo. Não um simples e inofensivo prazer que só valoriza ainda mais o terminal e o transporte que por ele circula.
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